quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Estes dias estou lendo dois livros de um mesmo autor. Eduardo Galeano, Uruguaio.
Em diversas idéias, a que eu escolho é Pachamama.

No planalto andino, "mama' é a Virgem e "mama" é a terra e o tempo.
Fica zangada a terra, a mãe terra, a Pachamama, se alguém bebe sem lhe oferecer. Quando ela sente muita sede, quebra a botija e derrama o que está lá dentro.
A ela se oferece a placenta do recém-nascido, enterrando-a entre as flores, para que a criança viva; e para que o amor viva, os amantes enterram cachos de cabelos.
A deusa terra recolhe nos braços os cansados e os maltrapilhos que dela brotaram, e se abre para lhes dar refúgio no fim da viagem. Lá embaixo da terra os mortos florescem.

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