sexta-feira, 7 de maio de 2010

Esse desemprego




Mas a questão é:

nosso desemprego

Não será solucionado

Enquanto os senhores não

Ficarem desempregados!

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Aos meus 25 anos de sonho e sangue, poeminha da Adelia Prado

Não sou matrona, mãe dos Gracos, Cornélia,
sou é mulher do povo, mãe de filhos, Adélia.
Faço comida e como.
Aos domingos bato o osso no prato pra chamar o cachorro
e atiro os restos.
Quando dói, grito ai,
quando é bom, fico bruta,
as sensibilidades sem governo.
Mas tenho meus prantos,
claridades atrás do meu estômago humilde
e fortíssima voz pra cânticos de festa.
Quando escrever o livro com o meu nome
e o nome que eu vou pôr nele, vou com ele a uma igreja,
a uma lápide, a um descampado,
para chorar, chorar e chorar,
requintada e esquisita como uma dama.

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

O LEGADO DE CHE GUEVARA


Em 8 de outubro cumpre-se o aniversário do assassinato de Che Guevara peloexército boliviano. Após sua prisão, em 8 de outubro de 1967, foiexecutado friamente, por ordens da CIA. Seria ''muito perigoso'' mantê-lovivo, pois poderia gerar ainda mais revoltas populares em todo ocontinente. Decididamente, a contribuição de Che, por suas idéias e exemplo, não seresume a teses de estratégias militares ou de tomada de poder político.Nem devemos vê-lo como um super-homem que defendia todos os injustiçados etampouco exorcizá-lo, reduzindo-o a um mito.Analisando sua obra falada, escrita e vivida, podemos identificar em todaa trajetória um profundo humanismo. O ser humano era o centro de todas assuas preocupações. Isso pode-se ver no jovem Che, retratado de formabrilhante por Walter Salles no filme Diários de Motocicleta, até seusúltimos dias nas montanhas da Bolívia, com o cuidado que tinha com seuscompanheiros de guerrilha. A indignação contra qualquer injustiça social, em qualquer parte do mundo,escreveu ele a uma parente distante, seria o que mais o motivava a lutar.O espírito de sacrifício, não medindo esforços em quaisquercircunstâncias, não se resumiu às ações militares, mas também e sobretudono exemplo prático. Mesmo como ministro de Estado, dirigente da RevoluçãoCubana, fazia trabalho solidário na construção de moradias populares, nocorte da cana, como um cidadão comum. Che praticou como ninguém a máxima de ser o primeiro no trabalho e oúltimo no lazer. Defendia com suas teses e prática o princípio de que osproblemas do povo somente se resolveriam se todo o povo se envolvesse, comtrabalho e dedicação. Ou seja, uma revolução social se caracterizavafundamentalmente pelo fato de o povo assumir seu próprio destino,participar de todas as decisões políticas da sociedade. Sempre defendeu a integração completa dos dirigentes com a população.Evitando populismos demagógicos. E assim mesclava a força das massasorganizadas com o papel dos dirigentes, dos militantes, praticando aquiloque Gramsci já havia discorrido como a função do intelectual orgânicocoletivo. Teve uma vida simples e despojada. Nunca se apegou a bens materiais.Denunciava o fetiche do consumismo, defendia com ardor a necessidade deelevar permanentemente o nível de conhecimento e de cultura de todo opovo. Por isso, Cuba foi o primeiro país a eliminar o analfabetismo e, naAmérica Latina, a alcançar o maior índice de ensino superior. Oconhecimento e a cultura eram para ele os principais valores e bens aserem cultivados. Daí também, dentro do processo revolucionário cubano,era quem mais ajudava a organizar a formação de militantes e quadros. Umaformação não apenas baseada em cursinhos de teoria clássica, mas mesclandosempre a teoria com a necessária prática cotidiana. Acreditar no Che, reverenciar o Che hoje é acima de tudo cultivar essesvalores da prática revolucionária que ele nos deixou como legado. A burguesia queria matar o Che. Levou seu corpo, mas imortalizou seuexemplo. Che vive! Viva o Che!

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Mercedes Sosa


Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me dio dos luceros que cuando los abro
Perfecto distingo lo negro del blanco
Y en el alto cielo su fondo estrellado
Y en las multitudes el hombre que yo amo

Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me ha dado el oído que en todo su ancho
Graba noche y día grillos y canarios
Martirios, turbinas, ladridos, chubascos
Y la voz tan tierna de mi bien amado

Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me ha dado el sonido y el abecedario
Con él, las palabras que pienso y declaro
Madre, amigo, hermano
Y luz alumbrando la ruta del alma del que estoy amando

Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me ha dado la marcha de mis pies cansados
Con ellos anduve ciudades y charcos
Playas y desiertos, montañas y llanos
Y la casa tuya, tu calle y tu patio

Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me dio el corazón que agita su marco
Cuando miro el fruto del cerebro humano
Cuando miro el bueno tan lejos del malo
Cuando miro el fondo de tus ojos claros

Gracias a la vida que me ha dado tanto
Me ha dado la risa y me ha dado el llanto
Así yo distingo dicha de quebranto
Los dos materiales que forman mi canto
Y el canto de ustedes que es el mismo canto
Y el canto de todos que es mi propio canto

Gracias a la vida, gracias a la vida

domingo, 20 de setembro de 2009

THIAGO DE MELLO

"Não importa que doa: é tempo de avançar de mão dada com quem vai no mesmo rumo,
mesmo que longe ainda esteja de aprender a conjugar o verbo amar"

Grito pela moradia- 2009




sexta-feira, 21 de agosto de 2009